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PSICOTERAPIA BREVE OPERACIONALIZADA

A Psicoterapia Breve Operacionalizada – PBO é uma modalidade de psicoterapia breve idealizada por Ryad Simon. Ela deriva da teoria da adaptação, também formulada por Simon, a partir do seu conceito de adaptação, definida como sendo “ … conjunto de respostas de um organismo vivo, em vários momentos, a situações que o modificam, permitindo manutenção de sua organização (por mínima que seja) compatível com a vida.” Com base nesse conceito, Simon considera que todos os seres vivos são indivíduos que, por terem conseguido desenvolver alguma forma de adaptação, permanecem vivos; e que aqueles que não a conseguiram, não sobreviveram e sucumbiram à morte. A adaptação, porém, não é igualmente eficaz entre os seres vivos. Ela varia de eficaz a ineficaz – esta, em diferentes graus – de pessoa para pessoa, e, numa mesma pessoa, de acordo com adequação das soluções que ela adota para atender as necessidades oriundas de seus mundos interno e externo.

O processo terapêutico da PBO é desenvolvido em duas fases: na primeira, fase diagnóstica, são realizadas entrevistas em número suficiente para que se obtenham dados suficientes para conhecer a evolução da adaptação do paciente desde sua infância; elaborar a avaliação da eficácia da adaptação atual; definir as situações-problema; planejar e determinar o número de sessões terapêuticas necessárias. Na segunda, fase terapêutica propriamente dita, são realizadas de uma a, no máximo, doze sessões terapêuticas semanais.

O objetivo terapêutico da PBO é ajudar o paciente a detectar e elucidar os conflitos que deram origem e sustentação às soluções pouco ou pouquíssimo adequadas, as quais, em virtude de sua inadequação, determinaram a formação de situações-problema; ou, então, o surgimento de crise adaptativa cujo desfecho irá depender não apenas de seus recursos pessoais, mas também de recursos externos, incluindo aí a psicoterapia, que, invariavelmente, deverá ser breve. E propiciar a substituição das soluções inadequadas por outras mais adequadas para resolver as situações-problema; ou, a elaborar soluções que possam tornar o momento de crise em momento de crescimento em direção à maturidade emocional. Para tanto, o terapeuta faz uso das interpretações teorizadas, denominação que Simon deu às interpretações que são formuladas com base na história pregressa da adaptação do paciente e na compreensão psicodinâmica de seus complexos inconscientes.